As crenças guiam nossas vidas e moldam ambientes coletivos. Baseadas em valores, são as verdades, afirmações, opiniões e convicções. O que se acredita! Dão um contorno para as atitudes e os comportamentos nas relações e, consequentemente, nos negócios.
Crenças aterrissam o propósito. Mas podem ser limitantes e parciais. Muitas vezes, não estão no radar – tanto das discussões empresariais quanto pessoais – os valores que ancoram as crenças e a motivação [ou seja, a intenção, o porquê daquela concepção! Está à serviço do que?]
Dedicar um tempo para refletir as motivações de uma determinada crença é um exercício poderoso e terapêutico! Acredite! Mas não é porque é terapêutico que não tenha efeito imediato em sua vida e nos negócios. Essa é uma crença bem limitante, inclusive.rs
De forma geral, as crenças podem ser limitantes e parciais quando são:
- Idealizadas: Atribuem uma perfeição que ainda não se possuem! Sem erros! Com ideais difíceis de alcançar. Ficam inalcançáveis.
- Filosóficas: Quando são ditas, mas não são vividas! No ambiente profissional, é muito comum assistir às áreas de comunicação ou de recursos humanos enxugando gelo com efeitos analgésicos de curto prazo em ações e materiais sem conexão com a realidade.
- Generalizadas: São aquelas frases de efeito e dicas que valem para tudo e qualquer coisa, mas não consideram o contexto específico de um determinado ambiente. Não criam conexão.
Sem exemplificar porque podem parecer situações banais e meu objetivo é provocar reflexões se as crenças estão motivadas pela competição, conflito, medo, controle, arrogância, moralização, falta, escassez? Investigar fará diferença para um ambiente mais saudável ao negócio e às pessoas.
Individualmente, ter a abertura ao questionar a origem e as razões das suas crenças é fundamental num autoexame diante dos problemas, frustrações, dores e incômodos. Revele [para você] o que acredita! Qual sua opinião, independente do que você “deveria” pensar, sentir e agir. Isso inclui os valores que se baseiam suas concepções sobre a vida e as relações no âmbito pessoal, afetivo, familiar, social, profissional, cultural, religioso/espiritual, além das suas relações mais íntimas ou mais superficiais.
No papel de líderes, que seja uma oportunidade para pensar ao expressar e declarar as crenças de um negócio ou ambiente coletivo. Independente se há crenças claras e declaradas no negócio [ou no seu ambiente de trabalho], dê-se um tempo para ouvir seus pensamentos, observar suas atitudes e incluir os seus sentimentos e motivações para manter ou rever suas crenças a partir da posição que você ocupa no ambiente.
Não se trata de julgar, criticar, justificar, argumentar. Mas ouvir– a partir da sua posição, do lugar que ocupa – o que você acredita. Escreva! Coloque em frases para que os pensamentos fiquem mais claros para você.
Acredito que somos o ponto de partida para as nossas relações. Sua autorresponsabilidade genuína afeta o coletivo. Essa é uma crença! Espero que motive à reflexão.