NEM SEMPRE SÃO DORES. ÀS VEZES É FRUSTRAÇÃO

Frustração pode doer, mas não é uma dor! Há um uso desgastado e generalizado da palavra “dor” no contexto mental e emocional como referência aos fatos e relacionamentos que geram incômodos.

Nossa razão pode idealizar, teorizar, interpretar, racionalizar, justificar nossas dores e frustrações ou até mesmo em relação ao outro ou à dor do outro. Mas, a mente mente e pode ter uma visão limitada. Por isso, a reflexão é incluir e reconhecer a nossa própria falta de habilidade emocional para diferenciar dores e frustrações.

Para isso, nada mais possível do que começar conosco. Somos o ponto de partida para aprender a expressar e trazer à consciência nossas emoções mais imaturas.

É comum a resistência para sentir as dores da vida: dores de perdas – sejam elas por luto, separações, perdas de um emprego e outras perdas  – dores de abandono ou desemparado, dores de traição ou de ser exposto, dores de rejeição são alguns exemplos de dores. Por isso, é altamente recomendado que se tenha apoio, colaboração e um suporte necessário para lidar com essas situações difíceis.

Ainda assim, há um misto de dores e frustrações. Afinal, quando algo que queremos muito não acontece [seja como gostaríamos ou no tempo que queríamos], nos frustramos. Quando alguém diz algo que não gostamos ou não concordamos, podemos ficar frustrados. É frustrante também quando recebemos críticas, julgamentos, frieza, indiferença. Mais frustrante ainda quando vem de pessoas que são caras para nós. Dói! Mas não são exclusivamente dores. São frustrações também! Elas são parte do desenvolvimento emocional. Ficamos magoados, ressentidos. E isso não é mi-mi-mi.

Frustrações para uns são expressas com raiva, braveza, embate. Para outros, frustração é expressa com tristeza, fraqueza, autopiedade. Ou ainda é possível que se confunda com orgulho ou vaidade e finge que não é afetado. Para um exame mais apurado, só auto-observação. Cada caso é um caso. É preciso um olhar para o contexto de cada situação para aprender a diferenciar dores e frustrações.

A reflexão de hoje é que você possa observar as pequenas situações do dia a dia que te irritam ou te deixam triste ou ainda que você finge não se importar. Pergunte-se: Será que essa situação pode ser uma frustração? Será que não é uma daquelas situações que minha vontade [imatura] não queria que fosse do meu jeito?

A maturidade emocional não vem de não sentir! Vem de revelar a você mesmo as emoções imaturas. Lembre-se: Sentir não é agir. Não é transformar uma emoção numa atitude. É trazer à luz, à consciência e aprender a ir além das defesas aos sentimentos. Afinal, também confundimos reações emocionais com sentimentos reais (primários e originais).

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