Respeitar é um ato de amor genuíno e maduro. Não é uma atitude imposta, exigida, coagida, forçada. Também não é um ato de amor cego que é obediente e não questiona.
É preciso humildade, coragem e honestidade para ir além da atitude visível em sinal de respeito. Incluir os pensamentos e os sentimentos também. Não é só dizer da boca pra fora ou ter um comportamento porque “deve ser assim”. É incluir o que se pensa e o que se sente para uma ação congruente. Lembrando que sentir não é agir!
Para essa coerência e verdade, observe se realmente demonstra uma atitude de respeito quando não se posiciona, se cala, não se revela ou ainda quando quer agradar. Ou se a atitude é o extremo de se rebelar – seja de maneira aberta e declarada ou seja escondida e não revelada, numa corrente de força que impera uma energia de “eu contra o outro”, de luta.
Minha provocação é incluir as motivações, as intenções e os sentimentos por trás da palavra respeito para reforçar seu significado. Para efeito de coerência com a verdade, o que vale é seu estado interno. Tem tensão? Medo? Exigência? Rigidez? Luta? Tirania? Dominação? Manipulação? Posse? Insistência? Competição? Ansiedade? Desconfiança? Desesperança? Desistência? Resignação? Desespero? Enfim! Motivações que não estão na superfície e podem ser fatores inconscientes não revelados (nem mesmo para sua mente consciente!) e portanto ganham força e efeito nas relações.
Dependendo da posição que ocupamos num determinado sistema coletivo, podemos reagir (externamente) de maneira diferente. Não há uma única resposta! No âmbito profissional, se ocupa um papel de autoridade, liderança ou quando está numa posição mais vulnerável, fraca, dependente, sua reação pode ser diferente quando em vantagem ou aquém de uma figura de poder ou ainda quando estamos em relações de iguais (como é o caso de pares e parceiros). Perceba suas diferenças em outras áreas, como nas amizades, nas parcerias, com pares, com times, na família, no social e nas demais relações afetivas.
Além das posições no sistema, as reações e respostas são diferentes dependendo do nível de maturidade (não só intelectual, mas emocional também) para se ter liberdade e responsabilidade frente às decisões no contexto de cada situação, o que influencia também nos diversos ambientes e culturas.
Respeitar não é obedecer. Observe se tem uma dificuldade de se posicionar porque pode ser difícil discordar de alguém que você considera ou que tem um poder ou representa uma autoridade em sua vida. Observe se a ação externa demonstra respeito ou de fato você está sentindo medo ou em reação emocional de culpa, vergonha ou outros sentimentos considerados proibidos de sentir, mas estão aí! Escondidos, negados… É preciso dar um tempo para uma auto-observação, uma escuta interna. É ter uma atitude respeitosa primeiro com você.
Respeito é sinônimo de aceitação. Trazer à consciência as reais motivações da sua postura para tomar as próprias decisões e revelar suas opiniões, assumindo a responsabilidade pelas suas escolhas, ultrapassando o julgamento. Assim, facilita aceitar as escolhas que o outro faz com a própria vida! Pense nisto!
