SENTIR NÃO É AGIR

Incluir as emoções não significa agir a partir delas. Aliás, nossas atitudes nem sempre revelam nossos reais sentimentos. É mais comum ter uma atitude guiada pela voz de como “devemos” agir ou ainda ter reações emocionais imaturas que não são expressas.

Há um universo emocional que é escondido, não revelado, proibido e “controlado”, causando confusão porque ainda não ficou claro que sentir não é o mesmo que agir! É verdade também que sentir alguns sentimentos não nos autoriza e também não é saudável agir a partir deles.

Nossas ações e reações escondem – até de nós mesmos – o que estamos sentindo ou ainda não temos um repertório escasso para nomear as emoções. Pode observar! Até mesmo os tipos de personalidades que ficam em silêncio, não dizem nada ou não emitem as suas opiniões – podendo parecer uma pessoa mais madura e ajustada – não necessariamente têm uma atitude compatível com o que estão sentindo nem tampouco pensando.

Mas, para isso, só cada um pode fazer essa autoanálise. Qualquer aferição em torno do que o outro sente, pensa e age tem mais a ver com nossa mente julgadora e crítica. Só cada um pode avaliar sua real intenção nas suas ações e atitudes.

Educação emocional passa por aprender a separar os pensamentos das emoções e dos sentimentos. E ainda perceber que as atitudes não são nem estão coerentes com nosso mundo interior. Acreditem! Continuo a fazer este trabalho primeiro comigo! Por isso, trazer à consciência um sentimento não significa que vamos agir a partir desse sentimento ou de uma emoção. Esta consciência inclui aprender a ouvir as motivações sem idealizações.

Recentemente recomendei um exercício simples de auto-observação das pequenas situações no dia a dia que geram incômodo e passamos por cima dos nossos sentimentos – usando nossos pensamentos (leia-se também julgamentos, críticas, racionalizações, justificativas e opiniões) que tomam conta do nosso ser. Mas direcionar a mente para gerenciar esse emaranhado entre ação, reação, emoção, sentimento e pensamento pode ser um grande ganho.

Tristeza, mágoa ou ressentimento, medo, inveja, ciúme, orgulho (no sentido de ter vaidade ou querer triunfar em cima das pessoas), manipulação, raiva, hostilidade, culpa, vergonha, frustração, desapontamentos e dores emocionais (de perda, rejeição, traição, desamparo, exposição, …)  são exemplos desta abordagem psicológica que vai além de um processo intelectual. Enfatizo mais os aspectos negativos porque são eles os excluídos ou vividos em seus extremos (minimizados ou exagerados).

Por isso, acredito que mesmo num primeiro momento e contato, seja um espaço para trazer à consciência as emoções imaturas de forma teórica, mental, filosófica e generalizada, é uma reflexão individual que impacta no ambiente coletivo.

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