OBJETIVOS E METAS – MOTIVAÇÕES

Se ainda não leu o post sobre sonhos e desejos, convido você a acessar o link .  Afinal, para a construção de objetivos e metas, o primeiro passo é exercitar a capacidade de desejar! Não é algo mágico, milagroso. É incluir um processo de criatividade, imaginação, meditação e também de pensamento crítico. Não é só com a força do pensamento ou do desejo de criar, mas de auto-observação e autoconfronto a partir dos sentimentos, reações, intenções, vontades e crenças.

Um desejo se torna um objetivo quando se tem claro o porquê, o motivo. Por isso, é um limite tênue entre desejar algo pra si ou colocar esse desejo sob a responsabilidade de outra pessoa ou quando queremos algo de alguém (seja do parceiro, dos pais, das autoridades, das lideranças e por aí vai!).

Após um período de autoanálise para descobrir os desejos por trás das pequenas reações no dia a dia, nas ações cotidianas, sem julgamentos desses desejos!, é possível encontrar os desejos e transformar em um objetivo saudável.

É arriscado deixar um exemplo [ainda mais por escrito quando não se reproduz o tom de voz] para não parecer tolo, mas o equívoco é querer que alguém dê algo sem incluir – de fato – o desejo no que depende de cada um. Isso vale desde querer que alguém dê algo material ou ainda dê uma necessidade de ser amado, admirado, reconhecido, cuidado e entre tantos desejos que podem ser saudáveis ou imaturos. Aí, cada caso é um caso.

É relevante considerar o contexto de cada situação para não generalizar e acabar banalizando a importância de não abrir mão da responsabilidade das nossas escolhas ao mesmo tempo da interdependência e apoio que é necessário também! É um desafio porque é preciso que cada um desenhe seu objetivo a partir do lugar que ocupa num determinado sistema coletivo.

Para simplificar, um objetivo claro e conciso com meta de quem quer, o que ser quer, como se quer, onde e quando. Só aí há uma auto-observação de verificar a tensão e o clima emocional do querer e chegar aos seus porquês, suas motivações. Qual a intenção? Aí é se dar um tempo de escuta ativa – primeiro consigo mesmo – para depois ir para o outro! Dê-se um tempo para ouvir suas respostas. O desafio é deixar os pensamentos fluírem sem ainda colocar a trava do julgamento, da racionalização. É ouvir você!

É encontrar a dicotomia entre o que se diz, o que se pensa e o que se sente. Incluir os sentimentos não é agir a partir deles! É encontrar o sentimento que ficou escondido e, portanto, imaturo e infantil. Sentir não é agir.

O melhor desta escuta é encontrar também as motivações imaturas e de certa forma doentias e infantis. Queremos algo por motivações saudáveis quando o que queremos é o fim em si mesmo ou à serviço da vida. Mas queremos também por motivações imaturas quando queremos algo para obter poder ou ainda dependência sobre alguém ou queremos para obter uma necessidade de segurança ou de prazer que foi transferida para o dinheiro, poder, fama, status, controle, reconhecimento, admiração, que são meios de se obter algo. Não são fins em si mesmo.

Por trás de uma motivação distorcida pode haver algo que queremos evitar ou resistir (dor, frustração, medo, culpa, vergonha, sofrimento, infelicidade, fuga…). A motivação também é imatura quando queremos algo para substituir uma necessidade genuína, mas que não é madura ou saudável. Faz parte das necessidades infantis, imaturas, idealizadas e até irreais.

A metodologia Pathwork® de autoconhecimento traz uma literatura bastante consistente para exemplificar e ajudar a diferenciar as motivações duais que cada ser humano pode ter e seus extremos de negar, forçar, impor, exigir ou depender, soltar, desistir. Com isso, deixo aqui minha reflexão em torno da palavra propósito que não explorei ainda, mas quero dedicar um tempo para ampliar esse olhar em torno das motivações e intenções.

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https://danielareis.com.br/no-digital/objetivos-e-metas/

 

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